segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Food Trucks em Curitiba



Falar sobre Food Trucks em Curitiba ainda é complicado. Em outras palavras, estamos falando de veículos que transportam e vendem comida. Podemos dizer até mesmo que um caminhão de sorvete ou daqueles que vendem comidas congeladas são Food Trucks, mas os mais interessantes mesmo são aqueles que se assemelham a um restaurante sobre rodas.

A sua popularização se deu quando os caminhões alimentícios foram atingidos pelo ‘raio gourmetizador’ e passaram a servir comidas requintadas. Hoje podemos encontrar na cidade hambúrgueres, massas, pizza, comida japonesa e outros lanches.

Em Curitiba, o comércio de comida ambulante é dominado ainda pelos clássicos cachorro-quente (com duas vinas, de preferência), caldo de cana e pipoca (representam 66% do ramo, conforme levantamento do jornal Gazeta do Povo). Os Food Trucks aparecem de forma sutil ainda. O site foodtruckcwb.com.br aponta que existem 14 caminhões de comida na cidade.

Não se tem certeza se o número é exato. Muito provavelmente existem mais Food Trucks por aí e, com mais certeza ainda, a cidade tem potencial para um grande mercado do ramo. Temos regiões de grande circulação de pessoas com poucos restaurantes, como praças, parques e até bairros, como o Centro Cívico.

O futuro, contudo, ainda é incerto, considerando que a cidade ainda não tem legislação sobre o assunto. Na verdade, em decorrência do Decreto Municipal nº 990/2004, no período noturno, que é quando a boêmia da cidade procura lanches rápidos e gostosos para matar aquela larica, somente é permitida a venda de cachorro-quente. Isso mesmo, a lei municipal proíbe a venda de qualquer outro tipo de alimento no período entre as 19h e as 6h.

Pelo que se sabe, os Food Trucks que existem atualmente vêm atuando predominantemente (ou somente) em locais privados (eventos, festas, em parceria com outros estabelecimentos e etc.). Contudo, a Câmara de Vereadores tem em trâmite um projeto de lei que pode ‘dar um gás’ aos Food Trucks, ou então destruí-los e enterrá-los de uma vez por todas.

A lei como apresentada inicialmente pelo vereador Helio Wirbiski nada mais faz do que autorizar o comércio de produtos alimentícios em geral, em via pública. Há apenas um ponto negativo: a proibição da venda de bebidas alcoólicas pelos Food Trucks. Comida boa tem que ser acompanhada de bebida boa, quem não concorda?

Não há nada, porém, que não possa piorar. Quando o projeto de lei foi levado à discussão, o Vereador Chicarelli apresentou uma proposta para modificar a lei, adicionando mais uma proibição: de que os Food Trucks e ambulantes não possam comercializar na zona central de Curitiba. É, a proposta beira o absurdo mesmo. Fica claro existir uma grande força dos donos de estabelecimentos alimentícios exercida sobre alguns vereadores. Não há espaço para a concorrência, mesmo que indireta.
Mas calma, tem mais. A vereadora Julieta Reis apresentou a mais polêmica das emendas. Para ela, os Food Trucks precisam ter ponto comercial e alvará estabelecido há pelo menos três anos. Caso aprovada, poderíamos contar com os dedos de uma mão os Food Trucks que atenderiam o público curitibano.

Mostrou-se um mesquinho jogo de interesses financeiros que visa proteger uma "panelinha" de restaurantes e bares de uma concorrência que sequer interferiria de forma direta. O ramo dos Food Trucks se mostrou muito interessante em diversas capitais pelo mundo.

Em São Paulo, por exemplo, para se ter um Food Truck basta fazer um requerimento de permissão à Prefeitura. Não há qualquer exigência sobrenatural: apenas a existência de espaço físico adequado; atendimento às normas sanitárias e de segurança; apresentação da proposta com qualidade técnica, respeito às condições físicas, e de trânsito, do local de atendimento, basicamente.

Enquanto isso, os Food Trucks continuam difíceis de serem encontrados em Curitiba, entretanto, não podemos deixar de sugerir alguns. Para encontrá-los, basta acompanhar as redes sociais para descobrir a próxima parada.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Vídeos Curitiba Lado B: Todo Roqueiro é Gente Fina - história da banda A Chave



Lançado no final do ano passado, a carta da vez nesta sessão é o vídeo-documentário "Todo Roqueiro é Gente Fina" que conta a história da banda curitibana A Chave, precursora do rock paranaense que ficou em atividade de 1969 a 1979. Para saber mais se ligue na Playlist da Semana #9 com participação da banda.

Yuri Vasselai, diretor e produtor deste doc. acertou a mão em contar a história d'A Chave por meio de depoimentos ricos de histórias que vão desde a antiga banda "Os Jetsons", a escolha do nome, a campanha de lançamento feita através de cartazes com perguntas perturbadoras espalhados pela cidade, como "Você sabe o que é um micróbio gigante?" ou "Você sabe o que é a Chave?", a "Casa Branca" e os shows com diversas bandas pelo Brasil.

Participaram deste documentário genuinamente paranaense: Orlando Azevedo, Carlos Augusto Gaertner, Paulo Teixeira, Luiz H. Groff, Lucas Nieri, Luiz Maurício Carraro o "Miau", Gilberto Nogueira, Luiz Carlini, Judith V. Magalhães a "Juju", Luiz Calanca, Jardel Simões e Marco Antonio Cunha.

Conversamos com o diretor que nos contou mais sobre esse registro.

"Acho que a ideia do  vídeo-documentário surgiu involuntariamente quando descolei uma cópia de um CD Pirata d’a Chave. O único além de um compacto simples, que por acaso vim a comprar só no ano passado. Enfim, escutava aquele pirata umas quatro vezes ao dia e alguns anos após adquirir a tal cópia entrei na faculdade e, já na de cara eu sabia o que queria para o meu trabalho de conclusão de curso: um registro contando a história d’A Chave." explicou Yuri

Yuri também comentou que a maior fonte das histórias d'A Chave era Paulo Juk, ex-integrante da banda e pai de seu grande amigo e parceiro de banda, Rayman Juk. Atualmente Yuri e Rayman formam, juntamente com Marcos Dank e Leonardo Montenegro, a banda Trem Fantasma.

Na realidade, o projeto começou a ser gravado em 2012 mas por causa de um imprevisto, Yuri decidiu engaveta-lo: "Em 2012, começando a gravar o registro, tive um baita imprevisto com uma das fontes. Esse imprevisto me deixou tão fulo da vida, que resolvi largar mão do projeto e viajar por um tempo. Pois bem, voltei em 2014 e consegui retomar tudo outra vez, concretizando toda aquela ideia de cinco anos atrás em menos de 3 meses."

O diretor não deixou de agradecer quem o apoiou durante esta jornada: "Com a ajuda de dois grandes amigos, o Ivan Roccon e Vinícius Antunes, e um super incentivo da minha namorada, Isa Todt, as coisas tomaram um baita rumo de satisfações. Devo muito a essas peças aí!", comentou.

Sem mais delongas, segue abaixo o documentário com cerca de 40 minutos sobre a banda A Chave:


sábado, 3 de janeiro de 2015

Fotos: Uh La La! no Circo Voador

No último dia 5 de dezembro, o Uh La La! foi até o Rio de Janeiro para apresentar seu som no Circo Voador. Abrindo o show do Ira!, a banda curitibana encerrou um dos anos mais produtivos, e movimentados, de sua carreira.

"Foi um show inesquecível! A expressão 'a primeira vez a gente nunca esquece' define muito bem essa noite memorável. O Circo Voador é aquele lugar onde todas as bandas brasileiras sonham em tocar, onde tudo aconteceu. E esse convite para abrir o show do Ira!, de quem sou fã inveterada, foi uma das mulheres surpresas do ano, junto da nossa primeira tour internacional." - Andreza Michel (vocal e baixo).

"Tocar no Circo Voador foi incrível, uma das melhores sensações da minha vida. A equipe técnica e o pessoal da casa são ótimos. Estar naquele palco foi como voltar ao meu primeiro show e sentir todo aquele nervosismo da primeira vez que toquei bateria. Foi perfeito, e ponto." - Babi Age (bateria).

Abaixo, algumas fotos do primeiro show do Uh La La ! no Circo Voador (créditos das fotografias: Felipe Diniz).






















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