quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Na sexta-feira, o Volcano Apresenta # 2

Poster oficial do Volcano Apresenta #2

A produtora Volcano realizará, na sexta-feira (19), a segunda edição do Volcano Apresenta. Os shows acontecerão na Sociedade Operária Beneficente 13 de Maio (Rua Desembargador Clotário Portugal nº 274) e terão em seu line-up Inky (SP), Mescalines Duo (SP), O Lendário Chucrobilly Man (PR), além da discotecagem da Disco Veneno.


Tendo o álbum Primal Swag, lançado em outubro, como principal material da tour, o Inky (composto por Luiza Pereira (vocal e synth), Guilherme Silva (baixo), Stephan Feitsman (guitarra) e Victor Bustani (bateria)) traz a Curitiba o show que, ao final de outubro, rodou pela Costa Leste dos Estados Unidos. 

Com um som que unifica elementos de rock e texturas de música eletrônica, o Inky tem no currículo a abertura dos últimos shows em vida da LCD Soundsystem, faixa produzida por Steve Lillywhite (U2, Rolling Stones, The Smiths, entre outros) e uma parceria com a Red Bull para o clipe de “Baião”, premiada como melhor clipe nacional de 2014, segundo o júri do MIS, MTV e VH1. Recentemente, a faixa homônima ao disco, Primal Swag, foi Single of the Week, no iTunes. 
Já com o som do Mescalines Duo, o público terá acesso a uma boa dose de jazz e blues, sem desprezar os poderosos riffs "arrancados" por Jack Rubens (violino e guitarra) e Mariô Onofre (bateria). Juntos, eles mesclam o som de violões elétricos, como no Dobro Metal Body Resonator, a batidas poderosas. 
E representando o "time da casa" no Volcano Apresenta # 2, O Lendário Chucrobillyman desfila o repertório de um dos mais cultuados one man bands da América do Sul. Com um mix de blues, punk e garage rock entre seus sopros, batidas e cordas, O Lendário Chucrobillyman recentemente lançou a edição vinyl 12 polegadas de seu disco "Man-Monkey". 

SERVIÇO
VOLCANO #2
Data: 19/12/2014 às 22hr
Local: Sociedade 13 de maio (Rua Desembargador Clotário Portugal, 274)
Entrada: 15$ antecipado (quinta e sexta) na Endossa Loja Colaborativa (Alameda Doutor Carlos de Carvalho, 1148); 20$ na hora
Informações: agencia.volcano@gmail.com / 41.9965.5613 (Alyssa) ou 41.8858.8955 (Daphne)
Mais em https://www.facebook.com/events/901943959824130/?fref=ts

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

1,2,3,4 #1: Zé Assumpção (Verônica Não Veio)

Nova sessão deste sítio internético, o 1,2,3,4 (no melhor estilo ramoniano, ou ramonense), nada mais é (e será) do que uma entrevista de 4 perguntas, com gente bacana, bonita e descolada, que de quando em vez ganhará as linhas do Curitiba Lado B. 

O ponta pé inicial no 1,2,3,4 acontece aqui, agora e logo abaixo, com Zé Assumpção, baixista da banda Verônica Não Veio (Brasília/DF), que deu um rolê por Curitiba nas últimas semanas. E nós trocamos uma ideia com o cara. 

Verônica Não Veio

(A Verônica Não Veio começou em 2012, e tem Guilherme Lopes (guitarra e vocais), Johnny (bateria), Rafael Brito (vocal) e o já citado Zé Assumpção em sua formação. Em 2013, os rapazes gravaram um EP em 2013, com 3 faixas oficiais. Atualmente, seguem trabalhando no mesmo EP, lançado em junho deste ano, e que foi gravado por Gustavo Halfeld, guitarrista da Cassino Supernova.)

1. Como você define o momento da cena em Brasília?

R.: Estamos aos poucos saindo de um coma, e respirando por aparelhos. Brasília viveu um momento praticamente morto na cena, principalmente na transição de 2013 para 2014. Não pela falta de bandas, mas por um desinteresse de movimentação, por ambos os lados: o público, que deixou de ter interesse em pagar por um som desconhecido, dando preferência às festas de bandas covers; e as poucas casas de show, para não levarem prejuízo, foram obrigadas a eliminar gradualmente noites autorais, a ponto de termos pubs que sustentam sua agenda apenas com covers. Em meio a isso, as bandas foram se desmotivando a ir atrás de espaço, até perceberem que a coisa só funcionaria no “faça você mesmo”. O que a gente vê crescendo nos últimos meses é isso: os grupos começaram a perceber que precisam apoiar uns aos outros pra fazer acontecer (sendo que há muito ainda pra acontecer para se comparar a efervescência de outrora). Nessa onda dá pra destacar nomes promissores, como Rios Voadores e Cores Raras, ou na linha mais alternativa a Alarmes, com quem já dividimos palco. Apesar das dificuldades, tem muita música de qualidade acontecendo.

2. Em 2014, algumas bandas como Boogarins e Wannabe Jalva, tocaram em grandes festivais na gringa, e também conseguiram lançar seus trabalhos por selos no exterior – muito embora no Brasil a “grande mídia” ainda seja um espaço fechado para elas. Você enxerga, de fato, uma tendência no mercado estrangeiro ser uma válvula de escapa para as bandas nacionais desse padrão, ou foram meras exceções?

R.: Acredito que esses sejam casos isolados. Não é de hoje que uma, ou outra, banda nacional é “pescada” pelos ouvidos de fora, não há muita regra pra isso, é quase como que contar com a sorte. Fazemos rock em português, o primeiro público que queremos atingir com isso é por ordem o brasileiro. Conseguir ou não, depende mais do nosso trabalho. Se for parar na gringa, ótimo. Mas o foco é aqui e exemplos não faltam de bandas consolidadas que não precisam da “grande mídia” pra se sustentar.

3. O que você procurava em Curitiba? Algum som aqui te chama atenção?

R.: Curitiba tem uma cena de rock bastante forte, e é uma cidade que, assim como Brasília, tem uma certa reputação nacional nesse sentido. Muitas casas de show, muita oportunidade, muitas bandas boas de estilos diversos lançadas pro cenário nacional, de Relespública , a Sugar Kane, à Banda Mais Bonita da Cidade, e artistas solo como o Leo Fressato, que é de Brasília mas se criou aqui (em Curitiba). Algumas bandas de Brasília, a exemplo da Scalene (fizeram show em solo curitibano, no último sábado - 13), têm buscado esse público e nos parece muito natural passar a tocar aí, ver como a galera reage. Além disso, dois de nós temos família no Sul, então rola uma identificação natural com o som da região e vontade de participar da cena. E tivemos uma surpresa bem agradável recentemente ao entrar em contato com a rádio Mundo Livre FM para divulgar nosso EP e descobrir que já tocaram nossas músicas por aqui. Ficamos bem felizes de saber que a galera curtiu e com mais vontade ainda de levar a banda pra tocar na cidade.

4. O que a Verônica Não Veio planeja para 2015?

R.: De 2012 até o nosso primeiro show completo, que foi no primeiro semestre desse ano, nossa maior preocupação foi em compor repertório, objetivo que cumprimos bem em 2014. A nossa maior vontade agora é transformar essas músicas em um álbum cheio, talvez com mais um EP surgindo antes disso, tudo até o segundo semestre. Conseguimos realizar vários shows bacanas em 2014 também, e pretendemos expandir isso no ano que vem. Quem sabe pinte nosso primeiro show fora de Brasília em Curitiba? Vontade pra viajar por aqui pra tocar é o que não falta!

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Audac: final de ano com uma pitada de... Brasil.

Depois de sua primeira passagem pelo Nordeste brasileiro,
músicos do Audac trazem para Curitiba uma das mais
ricas experiências já vividas pela banda.


Com disco nas prateleiras europeias e tour pelo Nordeste, 
o Audac encerrou sua jornada em 2014

Desde que surgiu no cenário local, há cerca de 5 anos, o Audac já experimentou transformações comuns à grande maioria das bandas - como a saída, e a chegada, de integrantes - e, por outro lado, passou por momentos que, certamente, destacaram a banda do "padrão comum" - quando, por exemplo, estiveram nos "gigs" do Tame Impala em São Paulo; ou então ao ter como produtor de seu disco de estreia, Gordon Raphael. No entanto, no segundo semestre de 2014 o quarteto radicado em Curitiba talvez tenha encarado a mais valiosa trip (literalmente falando) de sua carreira, até aqui - e que não seria surpresa se viesse, até mesmo, a influenciar os futuros trabalhos, e projetos, do grupo.

No final de setembro, o Audac iniciou uma série de shows pelo Nordeste brasileiro, ainda nas prévias da edição 2014 do Coquetel Molotov, em Recife. Em seguida, a banda também viria a tocar no Indie Sessions Festival, sediado em João Pessoa, na Paraíba. E, por fim, Alyssa Aquino (synth/vocal), Kare Nin (baixo), Matheus Reinert (guitarra) e Pablo Busetti (bateria) se apresentariam numa session (clique aqui para conferir) do Festival do Sol, em Natal, no Rio Grande do Norte.

"A receptividade do público foi incrível! Realmente me pareceu, no geral, ser um público que está aberto para ouvir sons novos, e composições próprias. Não senti nenhuma impressão para ter que tocar algo já conhecido, como um cover, por exemplo", explicou Kare Nin. 

A tour colocou a banda, ainda, em contato direto com uma das facetas (se não "a" faceta) mais genuínas da cultura nacional. "Nossa passagem por lá representou um 'descobrimento' do Brasil em relação a tudo: música, gastronomia, cultura em geral. Nessas horas a gente vê que não conhece nada do nosso país", destacou Alyssa Aquino. E segundo Matheus Reinhert, a troca de experiências e amizades feitas no rolé nordestino (que contou com o patrocínio da Reverbcity) rendeu à banda uma "vontade de voltar (para o Nordeste) o quanto antes".

Além da própria expansão de seu trabalho em termos nacionais, o ano de 2014 também marcou o debut do Audac nas prateleiras gringas. O disco homônimo, do ano passado, foi lançado este ano na Europa pelo selo Novo Mundo, sendo que o trabalho chegou a ganhar as páginas da revista francesa Les Inrockuptibles. 

"O disco lançado na Europa continua sendo motivo de grande orgulho para nós. O nosso selo (Novo Mundo), além de colocar o disco à venda no formato digital, e em formato físico, tem trabalhado para que o nosso som também chegue nas rádios. Sempre que recebemos o 'clipping' deles é uma felicidade, como foi no dia que soubemos que havia sido publicada uma resenha bastante positiva na 'Les Inrockuptibles'. Estamos cada vez mais ansiosos quanto à possibilidade de tocarmos na Europa", relata Pablo Busetti.

Já em relação à experiência nordestina da banda, o dono das baquetas no Audac não poupou elogios, e agradecimentos, às demais bandas, amigos e patrocinadores que permitiram que tudo acontecesse - sem deixar de mencionar a efervescência musical que presenciou durante a turnê: 

Eu percebi um cenário muito mais sólido, e engajado, se comparado com aquele no qual eu 'vivo'. Por exemplo, o Pedrinho Pacheco (River Raide/Vamoz) - nosso 'booker', guia, motorista e pai (nos recebeu mesmo tendo uma filha recém-nascida em casa) - foi quem conseguiu articular boa parte de nossos compromissos por lá. Então, a comunicação entre as pessoas que produzem os eventos por lá acontece mesmo. Elas querem aproveitar as bandas 'de fora' e apresentá-las para o público. E como consequência, algumas bandas vão (para o Nordeste) e tocam em mais de um festival - como foi o caso da Inky e Aldo (ambas de São Paulo) e Far From Alaska (de Natal), que tocaram em mais de um festival conosco. E quanto à receptividade do povo, não foi brincadeira. Além do Pedrinho, faço questão de registrar aqui meus agradecimentos ao Eduardo Lobo, Jamerson, Tribo Livre, Phany, Fausto, e mais uma galera que nos abriu suas casas, descolou transporte para a banda, e nos deu o maior suporte".

E encerrou:

"Definitivamente foi uma experiência muito gratificante poder participar de uma tour como foi a nossa. Além disso, (a turnê) nos ensinou muita coisa, e nos mostrou que temos muito o que aprender, e melhorar, enquanto banda - se quisermos repetir uma tour assim, ou realizar outra de maiores proporções. Agradecemos à Volcano Produções pela logística, e à Reverbcity, nossa patrocinadora oficial da Tour NE, por todo o apoio que nos deram para realizar tudo isso".

O Audac (para conferir a memorabilia da banda, clique aqui) deve retomar em 2015 as sessões de gravação de seu segundo disco de estúdio - ainda sem data de lançamento.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...