quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Os quinze anos do James (e um Ramone entre nós)

Ainda que nos dias de hoje a galera tenha como reduto alternativo de Curitiba, em termos gerais, as quadras do São Francisco e arredores, em tempos não tão distantes assim, o dito “underground” da cidade começava a ser movimentado em outros espaços. A Avenida Vicente Machado, por exemplo, foi um destes pontos de partida. E esta semana, um dos mais tradicionais redutos da noite alternativa da cidade, com endereço justamente na “Vicente”, completa o seu décimo quinto aniversário.

Durante esta uma década e meia de existência, o James passou por diversas transformações, tanto do ponto de vista estrutural, quanto do seu próprio público. Mas digamos que a essência da coisa segue a mesma, e não por menos, havia de se comemorar os 15 anos de história. Para tanto, o James organizou uma programação especial que teve início nesta quarta-feira (4/12), e contou com a participação de um senhor chamado... Marky Ramone.

Não há como pensar no punk sem falar em Ramones, não há como citar a lendária cena do CBGB sem falar em Ramones, não há como tratar de música no século XX sem falar em Ramones. E a partir do momento em que um Ramone, em carne e osso, notável por usar e abusar das baquetas na banda, pinta no pedaço, o mesmo não passa despercebido.

Durante a tarde Marky conversou com alguns devotos...
Horas antes do evento que teria Marky em seu DJ set, o James promoveu uma coletiva de imprensa com o mais polêmico integrante da lendária banda de Nova York. Bastante solícito e bem humorado, Marky falou de sua rotina, projetos, de música brasileira e, é claro, dos Ramones. As brigas com Dee Dee, a representatividade da banda que estampa milhares de camisetas de pessoas que sequer ouvem Ramones (segundo Marky, antes uma camiseta dos Ramones do que uma com a foto do Justin Bieber, ou do Justin Timberlake), a forte relação da banda com a América do Sul, dentre outras questões envolvendo o quarteto que atravessa gerações, ganharam as considerações de Marky.

Um pouco depois, na Quarta Rock – a festa propriamente dita – do James, Marky causou frisson ao atacar de DJ, e mandar na lata dos presentes alguns dos hinos “ramonianos”. No set houve ainda espaço para outras pérolas e gêneros, mas tudo sob o comando da cabeleira mais vistosa do punk estadunidense – depois, é claro, da Debbie Harry.

... E durante a noite quebrou tudo na Quarta Rock de 15 anos do James (fotografia: Filipe Almeida)

Comemorações em alto estilo, portanto, não estão faltando ao baile de debutante do James. Ali, no endereço de sempre, ensinando muita gente a ouvir coisa boa, e apresentando uma faceta no mínimo diferente de Curitiba. E com um pouco de sorte você cola lá e, ainda, tromba com um... Ramone. 

domingo, 1 de dezembro de 2013

Revista Jandique lança sua quarta edição

"Dalton", de Fabiano Vianna, ilustra a capa da Jandique #4

Neste sábado (30), na Livraria Arte & Letra, em Curitiba, foi lançada a 4ª edição da Revista Jandique. A publicação, numa junta independente de colaboradores exibe, em suas páginas, o texto de nomes contemporâneos da literatura local.

Sob a edição geral de Otávio Linhares, a quarta Jandique conta com crônicas e contos de Carlos Henrique Schroeder, Diego Fortes, Isadora Dutra, Miguel Sanches Neto, Renato Essenfelder e Thiago Tizzot, além de uma carta opinião, cuja rubrica é de Ivan Justen Santana. E permeando os respectivos trabalhos, a revista apresenta – ótimas – ilustrações de Fabiano Vianna, nas quais os traços levam os leitores, a uma quase que automática revisita a Poty.

Publicada trimestralmente, a Revista Jandique teve a sua edição inaugural sendo levada às prateleiras em fevereiro deste ano. Até o momento, nada menos do que vinte e quatro escritores já tiveram suas estórias e histórias levadas a cabo no projeto.

Notabilizado como berço, ou lar, de expressivos nomes da história da literatura nacional, o Paraná vê sua nova safra de poetas, contistas e romancistas trabalhando numa alternativa bastante interessante frente à carência de grandes editoras locais, com escopo para produções do gênero. Folhetins, trabalhos digitais e revistas independentes mostram-se opções inteligentes junto à problemática, e repetem, diga-se de passagem, uma fórmula muito bem sucedida, em outros tempos, nesta mesma Curitiba – vide a icônica Revista Joaquim que, dentre outros nomes, ajudou a revelar, ninguém menos, que Dalton Trevisan.

Para mais informações sobre a Revista Jandique, bem como formas de aquisição e assinatura: revistajandique@gmail.com.
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