domingo, 24 de fevereiro de 2013

Uh La La! no Festival Rec Beat 2013

Crédito: Natasha Durski
A banda Uh La La! foi a única representante paranaense no Festival Rec Beat 2013, evento que rolou entre os dias 9 a 12 de fevereiro deste ano, na cidade de Recife. Vale lembrar que a  Uh La La! já esteve em outros posts aqui do blog, como por exemplo na nossa playlist da semana.

Entre as atrações também estavam BNegão e os Seletores de frequência, a cantora Céu de SP, o duo de Mulheres Negras formado André Abujamra e Mauricio Pereira e outras. A fotografa Natasha Durski esteve lá e fez algumas fotos da Uh La La!

Para entrar em contato com a Natasha e também conhecer o seu portifólio, clique aqui  para ir direto para sua página do facebook.

Confira abaixo mais algumas fotos:
Crédito: Natasha Durski

Crédito: Natasha Durski

Crédito: Natasha Durski

Crédito: Natasha Durski

Crédito: Natasha Durski

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

A estréia da banda Gripe Forte

Como havíamos mencionado em nosso post de terça-feira, a banda Gripe Forte faria sua estréia, ontem, no Empório São Francisco. E de fato o fez. O show de abertura ficou por conta de Sandra Piola e do Bruno Sguissardi, ambos da banda Anacrônica, que executaram uma mescla de canções da própria Anacrônica, como "Tardes em Guadalajara", e outros clássicos do rock nacional e internacional. Eles embalaram o público (e o double de Heineken também) para o show da noite: A estréia da banda Gripe Forte

Uma banda com Fábio Elias (Relespública), Oneide Diedrich (Pelebrói Não Sei?), Giovanni Caruso (Faichecleres) e Ivan Rodrigues (Mordida, Escambau e Magaivers) não tinha como dar errado. E não deu. Como esperado, o setlist foi inteiro baseado em músicas de suas respectivas bandas autorais e também versões de músicas da lendária banda paranaense, Blindagem. Representada no palco por Ivan Rodrigues, filho de Ivo Rodrigues

Todos os presentes estavam ali para escutar os grandes clássicos curitibanos. Clássicos esses, que lotavam o mesmo Empório em quartas-feiras inesquecíveis há algum tempo atras. E posso dizer que eles não decepcionaram. Ouvir a galera cantando em coro músicas como Odontalgia, Miragem e muitas outras, foi sensacional. Ouvir as músicas da Relespública sendo executadas com tanta empolgação quanto às famosas quartas-feiras no Empório também foi do caralho. Ouvir músicas dos Faichecleres não tocadas (e cantadas por Giovanni)  há muito tempo, completaram a experiência única vivida pelo público.

É isso ai! Resumindo, a banda conseguiu reunir o melhor (ou o mais marcante) da música curitibana recente e colocar num único show.  

Esperamos que a Gripe Forte nos pegue novamente e em breve.  

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Entrevista com o baterista Ivan Rodrigues

Um dos músicos mais conhecidos e atuantes da cena curitibana,
o baterista Ivan Rodrigues falou ao Curitiba Lado B sobre seus projetos,
opiniões a respeito da música na cidade, e da super banda Gripe Forte,
que estreia amanhã no Empório São Francisco. 
           
No papel, será o primeiro show da banda. Simples assim, como qualquer outra, que ainda não tocou para o povão, sobre algum dos inúmeros palcos da cidade. Mas ao mesmo tempo que Gripe Forte fará a sua apresentação inaugural nesta quarta-feira, no Empório São Francisco, os seus integrantes proporcionarão ao público, uma espécie de viagem no tempo. Nostalgia das melhores. Fábio Elias e Giovanni Caruso, que em outros tempos, “a bordo” de Faichecleres e Relespública ditaram o ritmo de quartas-feiras (!) épicas naquele mesmo Empório, agora se juntam a Oneide DiedrichPelebrói Não Sei? - e a Ivan Rodrigues para, através da Gripe Forte, prestar um tributo a bandas que ajudaram a construir (e que eles ajudaram a construir) a história do róque paranaense. Além das três já citadas, quem também ganhará versões de suas canções no show é o Blindagem, cujo lendário e saudoso frontman, Ivo Rodrigues, é pai do, há pouco mencionado, Ivan. Este, por sua vez, concedeu entrevista ao Curitiba Lado B falando das expectativas sobre a Gripe Forte, da cena local, e claro, dos inúmeros projetos que contam com suas baquetas, e fazem dele um dos músicos mais atuantes da capital paranaense.

Por mais clichê que seja a pergunta – principalmente para a primeira da entrevista – não dá para fugir dela: de quem, e como, surgiu a ideia de montar a Gripe Forte?
 A ideia foi sugerida pelo fotógrafo e músico Marcelo Stammer (C4), numa conversa no próprio Empório São Francisco, provando que é possível fazer um show inteiro, só com músicas curitibanas. E só com hits.

O projeto coloca, em cima de um mesmo palco, bandas locais (claro que não integralmente) que mudaram a vida de muita gente por aqui. Logo, não será um tributo qualquer. Sob esse ponto de vista, qual é a responsabilidade de subir lá, e ser intérprete de uma galera tão importante para a música de Curitiba? 
Olha, pra mim, que sou único não compositor da banda, é muito especial. Tenho uma relação muito forte com todas as canções do set list. Somar 3 bandas que sempre fui fã, às vezes roadie, às vezes baterista “step” (como aconteceu com a Relespública, uma vez que o Moon precisou se recuperar de uma cirurgia nos olhos), e agora me ver no palco com eles, tocando as músicas com os próprios compositores, é muito foda. Somado a isso poder homenagear e representar o meu pai, e o Blindagem, tocando músicas que fazem parte da minha vida, desde a minha lembrança mais antiga, você pode imaginar o frio na barriga.

Já há mais datas acertadas com o próprio Empório São Francisco, ou em outras casas? Ou num primeiro momento deverá ocorrer um único show?
Não é só um show, não. A ideia inicial é fazer uma festa mensal no Empório e vender esse show para o interior do estado também.

Há quem brinque que, caso você pare de tocar, metade das bandas da cidade encerrariam as suas atividades, tamanha é a quantidade de trabalhos e projetos dos quais você faz parte. Participando de tanta coisa, vendo e ouvindo tanta gente diferente, qual seria o seu “raio x” sobre a cena autoral local, no comecinho dessa segunda década do Século XXI?
(Risos) Fico lisonjeado com a brincadeira. Eu trabalho em 3 bandas autorais, e ativas: Escambau, Magaivers e Mordida. Meu "raio x" da cena autoral local é otimista, sendo que muitos trabalhos me fazem sair de casa, e pagar ingresso, para assistir ao vivo, a artistas como Crocodilla, Trem Fantasma, Uh La La, entre outros. A única crítica que poderia fazer é dizer que sinto falta do famoso "hit", aquela música que todos, desde o mais leigo que caiu, sem querer, no show, até os fãs que acompanham tudo sobre a tal banda, saibam o refrão. Aquele momento do show para abaixar a dinâmica da banda, e deixar a galera cantar. Isso eu sinto falta nas bandas novas.

Na própria divulgação do show desta quarta-feira, já se ficou sabendo que rolarão, também, músicas do Blindagem. Como é a sua relação com os demais membros da banda atualmente?
Muito boa, eles são como uma família para mim. Não só eles: também os seus os filhos, as esposas. Sempre que podemos, eu e minha mãe, vamos acompanhar algum show da banda, e matar um pouco da saudade.

Recentemente a Revista O Rato veiculou uma matéria onde vários artistas da cena local deram os seus pareceres sobre o velho dilema, “música autoral versus música cover”. Um dos depoimentos ali era seu, pendendo bastante para a necessidade de se valorizar a música autoral. A Gripe Forte, em sua essência, é um tributo, mas um tributo prestado a bandas locais, com gente que fez, ou faz, parte das mesmas – diferentemente da 99% do que se vê em matéria de música cover por aqui. Como você enxerga esse paradoxo?
É diferente. Quando o compositor da canção está no palco executando sua música, não é cover. Sim, quando tocamos Blindagem pode ser, mas prefiro encarar como homenagem, afinal eu sou o filho do compositor das músicas que vamos tocar.

Ainda na esteira da pergunta anterior: é possível se viver de música autoral em Curitiba, na atual situação da cidade?
Claro que sim. Para o compositor é. Grave suas músicas, monte sua banda e vá a luta. Se tiver qualidade, vai dar certo. No meu caso, como sou baterista, tento ser o braço direito do compositor, nesses casos. Tenho a sorte de trabalhar com os 3 compositores que mais admiro em Curitiba (Paulo de Nadal, Giovanni Caruso e Rodrigo Porco), e por isso consigo me virar, mas ainda me vejo obrigado a preencher minha agenda com shows cover para reforçar meu orçamento – e também não vejo mal nenhum nisso.

 No início do ano, a “pasta” da Fundação Cultural trocou de mãos. Quais seriam, na sua opinião, as atitudes mais urgentes, mais imediatas, que teriam de ser tomadas por essa gestão, em relação à musica, feita e produzida, em Curitiba?
 Olha, para ser sincero, eu não estou tão por dentro do que acontece lá dentro da Fundação. Mas não vejo com pessimismo, não.  Mesmo na gestão anterior, vi e participei de muitos projetos da Fundação, e espero que a nova gestão dê continuidade a isso.

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Serviço: 
O que? Estréia da banda Gripe Forte 
Local: Empório São Francisco 
Quando: Amanhã, dia 20/02. Abertura da casa às 21h.
Quanto: Masc $20 / Fem $15 - Com bonus: Masc $15 / Fem $10.

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