terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Audac: final de ano com uma pitada de... Brasil.

Depois de sua primeira passagem pelo Nordeste brasileiro,
músicos do Audac trazem para Curitiba uma das mais
ricas experiências já vividas pela banda.


Com disco nas prateleiras europeias e tour pelo Nordeste, 
o Audac encerrou sua jornada em 2014

Desde que surgiu no cenário local, há cerca de 5 anos, o Audac já experimentou transformações comuns à grande maioria das bandas - como a saída, e a chegada, de integrantes - e, por outro lado, passou por momentos que, certamente, destacaram a banda do "padrão comum" - quando, por exemplo, estiveram nos "gigs" do Tame Impala em São Paulo; ou então ao ter como produtor de seu disco de estreia, Gordon Raphael. No entanto, no segundo semestre de 2014 o quarteto radicado em Curitiba talvez tenha encarado a mais valiosa trip (literalmente falando) de sua carreira, até aqui - e que não seria surpresa se viesse, até mesmo, a influenciar os futuros trabalhos, e projetos, do grupo.

No final de setembro, o Audac iniciou uma série de shows pelo Nordeste brasileiro, ainda nas prévias da edição 2014 do Coquetel Molotov, em Recife. Em seguida, a banda também viria a tocar no Indie Sessions Festival, sediado em João Pessoa, na Paraíba. E, por fim, Alyssa Aquino (synth/vocal), Kare Nin (baixo), Matheus Reinert (guitarra) e Pablo Busetti (bateria) se apresentariam numa session (clique aqui para conferir) do Festival do Sol, em Natal, no Rio Grande do Norte.

"A receptividade do público foi incrível! Realmente me pareceu, no geral, ser um público que está aberto para ouvir sons novos, e composições próprias. Não senti nenhuma impressão para ter que tocar algo já conhecido, como um cover, por exemplo", explicou Kare Nin. 

A tour colocou a banda, ainda, em contato direto com uma das facetas (se não "a" faceta) mais genuínas da cultura nacional. "Nossa passagem por lá representou um 'descobrimento' do Brasil em relação a tudo: música, gastronomia, cultura em geral. Nessas horas a gente vê que não conhece nada do nosso país", destacou Alyssa Aquino. E segundo Matheus Reinhert, a troca de experiências e amizades feitas no rolé nordestino (que contou com o patrocínio da Reverbcity) rendeu à banda uma "vontade de voltar (para o Nordeste) o quanto antes".

Além da própria expansão de seu trabalho em termos nacionais, o ano de 2014 também marcou o debut do Audac nas prateleiras gringas. O disco homônimo, do ano passado, foi lançado este ano na Europa pelo selo Novo Mundo, sendo que o trabalho chegou a ganhar as páginas da revista francesa Les Inrockuptibles. 

"O disco lançado na Europa continua sendo motivo de grande orgulho para nós. O nosso selo (Novo Mundo), além de colocar o disco à venda no formato digital, e em formato físico, tem trabalhado para que o nosso som também chegue nas rádios. Sempre que recebemos o 'clipping' deles é uma felicidade, como foi no dia que soubemos que havia sido publicada uma resenha bastante positiva na 'Les Inrockuptibles'. Estamos cada vez mais ansiosos quanto à possibilidade de tocarmos na Europa", relata Pablo Busetti.

Já em relação à experiência nordestina da banda, o dono das baquetas no Audac não poupou elogios, e agradecimentos, às demais bandas, amigos e patrocinadores que permitiram que tudo acontecesse - sem deixar de mencionar a efervescência musical que presenciou durante a turnê: 

Eu percebi um cenário muito mais sólido, e engajado, se comparado com aquele no qual eu 'vivo'. Por exemplo, o Pedrinho Pacheco (River Raide/Vamoz) - nosso 'booker', guia, motorista e pai (nos recebeu mesmo tendo uma filha recém-nascida em casa) - foi quem conseguiu articular boa parte de nossos compromissos por lá. Então, a comunicação entre as pessoas que produzem os eventos por lá acontece mesmo. Elas querem aproveitar as bandas 'de fora' e apresentá-las para o público. E como consequência, algumas bandas vão (para o Nordeste) e tocam em mais de um festival - como foi o caso da Inky e Aldo (ambas de São Paulo) e Far From Alaska (de Natal), que tocaram em mais de um festival conosco. E quanto à receptividade do povo, não foi brincadeira. Além do Pedrinho, faço questão de registrar aqui meus agradecimentos ao Eduardo Lobo, Jamerson, Tribo Livre, Phany, Fausto, e mais uma galera que nos abriu suas casas, descolou transporte para a banda, e nos deu o maior suporte".

E encerrou:

"Definitivamente foi uma experiência muito gratificante poder participar de uma tour como foi a nossa. Além disso, (a turnê) nos ensinou muita coisa, e nos mostrou que temos muito o que aprender, e melhorar, enquanto banda - se quisermos repetir uma tour assim, ou realizar outra de maiores proporções. Agradecemos à Volcano Produções pela logística, e à Reverbcity, nossa patrocinadora oficial da Tour NE, por todo o apoio que nos deram para realizar tudo isso".

O Audac (para conferir a memorabilia da banda, clique aqui) deve retomar em 2015 as sessões de gravação de seu segundo disco de estúdio - ainda sem data de lançamento.

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